«(...) aquilo a que os gregos chamam alêtheia, a desocultação, o descobrimento. Aquele olhar que às vezes está pintado à proa dos barcos.»
Sophia de Mello Breyner Andresen
Eventos
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
O lado negro de uma independência
A génese deste livro radica nos idos de Julho de 1975, quando a autora, já a residir em Lisboa com a mãe e os irmãos, recebeu a notícia de que o pai tinha desaparecido em Angola. «Assisti ao calvário da minha mãe (…) para tentar saber do seu destino. Moveu-me então uma vontade obsessiva de investigar o acontecimento dramático que marcou a nossa e muitas outras famílias portuguesas. O desaparecimento de alguém que nos é querido confronta-nos com a impossibilidade do luto», escreve a autora na Introdução de Ficheiros Secretos da Descolonização de Angola.
Foi nesta sua pesquisa que Leonor Figueiredo, jornalista de profissão, deparou com uma lista oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros com nomes de 263 portugueses desaparecidos em Angola e de «cidadãos raptados e encarcerados pelo MPLA muitos meses antes da independência». E o seu objectivo imediato foi localizar o maior número possível dos que estivessem ainda vivos, na esperança de que lhe fornecessem pistas sobre o que sucedeu com o pai.
O resultado é esta magnífica «reportagem em forma de livro» – ilustrada com fotografias da época e cópias de documentos oficiais – acerca de uma época da História de Portugal e de Angola que muitos preferem ignorar ou deixar cair no esquecimento. […]
Ana Glória Lucas, no site Sexo Forte
Foi nesta sua pesquisa que Leonor Figueiredo, jornalista de profissão, deparou com uma lista oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros com nomes de 263 portugueses desaparecidos em Angola e de «cidadãos raptados e encarcerados pelo MPLA muitos meses antes da independência». E o seu objectivo imediato foi localizar o maior número possível dos que estivessem ainda vivos, na esperança de que lhe fornecessem pistas sobre o que sucedeu com o pai.
O resultado é esta magnífica «reportagem em forma de livro» – ilustrada com fotografias da época e cópias de documentos oficiais – acerca de uma época da História de Portugal e de Angola que muitos preferem ignorar ou deixar cair no esquecimento. […]
Ana Glória Lucas, no site Sexo Forte
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
«A Guerra de Deus», de Christopher Tyerman

Esta surpreendente narrativa histórica está imbuída de figuras que se tornaram lendas – como Saladino, Ricardo «Coração de Leão» ou Filipe II. Mas Tyerman investiga para lá destes líderes, relatando como foi que centenas e centenas de cristãos – desde os Cavaleiros Templários aos mercenários e camponeses – abandonaram os seus lares, em nome do Salvador, para chegarem a territórios estrangeiros distantes, e como outros tantos defenderam o seu solo e conseguiram derrotar os invasores. Com ambas as análises, Tyerman explica a mistura contraditória de piedade genuína, ferocidade militar e pura ganância que motivaram gerações de cruzados. O autor oferece também uma visão única para a maturação de um cristianismo militante que definiu a identidade europeia e que influenciou decisivamente os antagonismos cíclicos entre o mundo cristão e o muçulmano.
Baseado nos mais recentes estudos e narrado com grande entusiasmo e autoridade, A Guerra de Deus é o relato decisivo de um momento fascinante mas também horroroso da história que continua a ensombrar o mundo contemporâneo.
«Christopher Tyerman, que lecciona história medieval em Oxford, oferece neste novo e maciço estudo das Cruzadas uma introdução ao leitor… Cheio de detalhes fascinantes… A Guerra de Deus é uma pesquisa excepcional, actualizada e de leitura fácil do movimento das Cruzadas… Na era crédula de O Código Da Vinci, Tyerman oferece um intenso, informado e são relato de uma das mais características e extraordinárias manifestações da Idade Média Cristã.» – Eamon Duffy, New York Review of Books
«Desafiando as concepções tradicionais das cruzadas, como a impossibilidade de manter Jerusalém, Tyerman acredita que foi o enfraquecimento do poder papal e a ascensão dos governos seculares na Europa que condenaram ao fracasso o impulso das cruzadas. Este é um livro maravilhosamente concebido, escrito e fundamentado.» – Robert Andrews, Library Journal
A Guerra de Deus: Uma Nova História das Cruzadas
Tradução: Manuel Marques & Maria José Miranda Mendes
1ª edição: Junho de 2009
ISBN: 978-989-622-098-3
Formato: 160*240 mm
Nº de páginas: 992 + 16 il.
Preço: 26,00 €
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Idade Média,
Não-Ficção
Vasco Pulido Valente na revista «Ler»

Não é o que tem feito permanentemente?
Faço, mas em pequenas doses. Não é aquela coisa de dizer: «Vamos lá ver o que é isto, outra vez!»
Este seu livro novo, Portugal – Ensaios de História e de Política não o é também, uma vez mais?
É, mas não foi escrito agora. É uma coisa como fez o Gore Vidal. Chegou a altura de dizer: «Olhem, isto são as coisas que eu acho que escrevi de relevante sobre Portugal.» [...]
Vasco Pulido Valente, entrevistado por Carlos Vaz Marques, revista Ler, nº 82, Julho 2009, pp. 32-43
«A Pulido Valente se deve, de facto, um trabalho que comporta uma abordagem dos dois últimos séculos da vida portuguesa disponibilizada a um arco alargado de leitores em condições de apreciarem uma perspectiva intensamente crítica desse passado recente e dos seus intérpretes, que é apresentada, sem concessões ao conhecimento e ao rigor, de um modo atraente e romanesco. O que não significa isento, por vezes, de uma dimensão abertamente polémica.»Rui Bebiano, «Ninguém fica indiferente», revista Ler, nº 82, Julho 2009, p. 76
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Imprensa,
Vasco Pulido Valente
«Portugal», de Vasco Pulido Valente (excertos)
«Infelizmente, o liberalismo continuou também as tradições do ‘antigo regime’. Um Estado que fez mais centralizado, despótico e intrusivo; a tendência para sustentar uma classe média burocrática e ‘parasitária’.»
«A República, depois de um período confuso, banira o terrorismo e tendia para a moderação. Os conservadores, com a ajuda da Igreja, procuravam o caminho que, pouco a pouco, levaria a Salazar.»
«Que Salazar fosse um intriguista vulgar, um pequeno político e um espírito inculto e medíocre não parece ocorrer a ninguém. O dinheiro e o poder são sempre injustamente associados à inteligência.»
«O índice de colaboradores de O Tempo e o Modo lê-se hoje como a lista das glórias oficiais da democracia. Talvez não nos devêssemos excessivamente lisonjear, mas alguma coisa significa.»
«Nenhuma das forças dominantes depois de Abril queria julgar Marcello perante a Europa inteira. Lavar a roupa suja da guerra de África e da ‘descolonização’ não convinha a ninguém.»
«O dr. Cunhal é parecido como uma gota de água com o dr. Salazar: é o dr. Salazar virado do avesso.»
Vasco Pulido Valente, in Portugal: Ensaios de História e de Política
«A República, depois de um período confuso, banira o terrorismo e tendia para a moderação. Os conservadores, com a ajuda da Igreja, procuravam o caminho que, pouco a pouco, levaria a Salazar.»
«Que Salazar fosse um intriguista vulgar, um pequeno político e um espírito inculto e medíocre não parece ocorrer a ninguém. O dinheiro e o poder são sempre injustamente associados à inteligência.»
«O índice de colaboradores de O Tempo e o Modo lê-se hoje como a lista das glórias oficiais da democracia. Talvez não nos devêssemos excessivamente lisonjear, mas alguma coisa significa.»
«Nenhuma das forças dominantes depois de Abril queria julgar Marcello perante a Europa inteira. Lavar a roupa suja da guerra de África e da ‘descolonização’ não convinha a ninguém.»
«O dr. Cunhal é parecido como uma gota de água com o dr. Salazar: é o dr. Salazar virado do avesso.»
Vasco Pulido Valente, in Portugal: Ensaios de História e de Política
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«Portugal: Ensaios de História e de Política», de Vasco Pulido Valente

O liberalismo português, a queda da monarquia e a ascensão da República, a Monarquia do Norte, são todos acontecimentos relatados pelo historiador através de uma escrita empolgante.
O nascimento do Estado Novo é nestas páginas amplamente descrito, assim como a ascensão de Marcello Caetano e a sua tentativa de revitalizar a Acção Nacional Popular até à sua deposição a 25 de Abril de 1974, revelando com detalhe os anos de governação marcelista até ao exílio.
O «25 de Abril», como o analisa historicamente, e os anos do PREC constituem também momentos-chave desta obra fundamental para a compreensão dos séculos XIX e XX em Portugal.
Vasco Pulido Valente é um dos mais influentes opinion makers portugueses — as suas crónicas no jornal Público são lidas atentamente por todo o país. Como comentador, assina igualmente uma crónica semanal na estação televisiva TVI, onde aborda os principais assuntos da actualidade. Investigador coordenador do Instituto de Ciências Sociais, Vasco Pulido Valente desenvolve aí a sua investigação sobre os séculos XIX e XX, e conta com extensa obra publicada, nomeadamente Ir Prò Maneta, Um Herói Português e A Revolução Liberal, todos livros publicados pela Alêtheia Editores.
1ª edição: Abril de 2009
ISBN: 978-989-622-162-1
Formato: 130*220 mm
Nº de páginas: 336
Preço: 16,00 €
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Não-Ficção,
Portugal,
Vasco Pulido Valente
«Ficheiros Secretos...» – 2.ª edição
O livro Ficheiros Secretos da Descolonização de Angola, de Leonor Figueiredo, lançado no último dia 5 de Agosto na Livraria Alêtheia (Rua do Século, 13), e à venda nas livrarias de todo o país desde o dia 7, está praticamente esgotado — mas a segunda edição deverá chegar às bancas entre sexta-feira e segunda.
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Recomendação blogosférica

«Aproveitando o post sobre o novo blogue da Alêtheia, gostaria de recomendar um livro do catálogo desta editora, escrito por um dos mais eminentes classicistas vivos, Amor, Sexo e Tragédia, de Simon Goldhill. Com um título chamativo, trata-se de um ensaio muito interessante e divertido sobre o que no [nosso] modo de pensar e de agir é fruto do legado da antiguidade clássica. As considerações de Goldhill abrangem áreas como o cinema, o sexo ou a ginástica. Vale a pena ler. De salientar, ainda, o excelente trabalho de concepção gráfica, quer isto dizer, o livro tem uma bela capa.»
A «helenista» Tatiana Faia, no blogue Lavorare Stanca
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Blogosfera
Muito obrigado ao Senhor Palomar, ao Lavorare Stanca (que nos penitenciamos por não conhecer, pois que até faz recomendações de livros passados, mas foi adicionado agora aos marcadores), aos Blogtailors e ao Bibliotecário de Babel, pelas suas simpáticas referências.
Adendas: E também ao sempre atento Irmão Lúcia, ao Cadeirão Voltaire, e à Revista Ler.
Adendas: E também ao sempre atento Irmão Lúcia, ao Cadeirão Voltaire, e à Revista Ler.
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Blogues
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Simon Montefiore, sobre «Sachenka»
Simon Sebag Montefiore – autor das biografias Estaline: A Corte do Czar Vermelho e O Jovem Estaline – fala sobre o seu último livro, o romance Sachenka.
«Na verdade, este livro foi inspirado por uma fotografia isolada que encontrei nos arquivos russos de uma bela rapariga que foi presa em 1937. Quando ela olha para a câmara, na fotografia a preto e branco, podemos ver que ela sabe que esta deverá ser a sua última fotografia, e que provavelmente nunca mais verá o seu marido, os seus filhos, a sua família.»
(Vídeo em inglês da editora americana Simon & Schuster)
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Simon Sebag Montefiore,
Vídeos
Simon Montefiore na revista «Ler»

José Riço Direitinho, «Os 35 livros que vão marcar o Verão», revista Ler, n.º 81, Junho 2009.
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Simon Sebag Montefiore
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
«Ficheiros Secretos da Descolonização de Angola» na imprensa

«Quiseram correr com os brancos de Angola»
(pré-publicação na revista «Domingo», do Correio da Manhã, 26/7/2009)
Rádio Renascença (3/8/2009)
TSF (5/8/2009)
Público (6/8/2009)
Jornal de Notícias (6/8/2009)
Correio da Manhã (6/8/2009)
RTP 2 (6/8/2009)
Nota: A autora, Leonor Figueiredo, criou um e-mail para que todos os leitores e interessados possam escrever-lhe com os seus próprios relatos e testemunhos [ficheirossecretosdeangola@gmail.com]
«Ficheiros Secretos da Descolonização de Angola», de Leonor Figueiredo

Quando procurava elementos sobre o seu pai, desaparecido em Angola antes da independência, em 1975, Leonor Figueiredo descobriu que o mesmo tinha acontecido a mais 250 portugueses. E que outras centenas de cidadãos passaram pelos cárceres de Angola. São vítimas portuguesas da descolonização que nunca vieram a público, e cujos nomes e testemunhos são pela primeira vez divulgados.
Leonor Figueiredo, jornalista, viveu em Angola até 1975, e a história dramática do desaparecimento do pai acompanhou-a desde então, levando à descoberta de muitas outras histórias igualmente terríveis.
1.ª edição: Agosto de 2009
ISBN: 978-989-622-184-3
Formato: 130*220 mm
Nº de páginas: 300
Preço: 16,00 €
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Não-Ficção
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
«Sachenka», de Simon Montefiore
Épico na amplitude, íntimo nos pormenores, Sachenka é um romance cativante de amor e tragédia que atravessa o século XX. Retrato inesquecível de uma jovem bolchevique, tem no seu âmago um segredo devastador que não é revelado até virar a última página.
«Um romance inesquecível, que vai comover o mais duro dos corações.» – Jung Chang, autora de Cisnes Selvagens
«Muito colorido, muito evocativo, muito agradável de ler, e muito, muito real.» – Joanne Harris, autora de Chocolate
«Um romance que se lê de um só fôlego – é difícil parar de ler Sachenka. Tem um enredo brilhante e revela com detalhe as alegrias e esperanças das famílias russas na Revolução, o Terror da década de 30, e uma nova visão dos ficheiros do KGB. (…) Montefiore tem um conhecimento académico da história russa, mas deixa que os factos acompanhem a ficção e façam parte do enredo. A glória e a tragédia da história de Sachenka perdura muito para além da leitura da última página.» – Thomas Keneally, autor de A Lista de Schindler
Simon Sebag Montefiore é historiador e autor de dois livros fundamentais para a história contemporânea, as biografias Estaline, A Corte do Czar Vermelho e O Jovem Estaline.
Tradução: Maria Manuela Novais Santos
1.ª edição: Julho de 2009
ISBN: 978-989-622-160-7
Formato: 160*240 mm
Nº de páginas: 496
Preço: 18,00 €
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Ficção,
Rússia,
Simon Sebag Montefiore
terça-feira, 4 de agosto de 2009
«Milénio», de Tom Holland

Mas o Anticristo não apareceu, e a Cristandade não entrou em colapso. Em vez disso, as convulsões desses tempos terríveis fizeram nascer uma nova civilização. Com um fôlego épico que nos leva da Crucificação à Primeira Cruzada, e do antigo esplendor de Constantinopla às costas sombrias do Canadá, Milénio é um estudo brilhante sobre uma verdadeira e determinante revolução: nada mais nada menos do que a emergência da Europa Ocidental enquanto potência expansionista.
Estes foram os tempos de Otão, o Grande, e de Guilherme, o Conquistador, de califas e guerreiros viquingues, de eremitas, monges e servos. Testemunharam a proliferação dos castelos como arma de governo, a invenção da cavalaria como ideal, e o estabelecimento de uma monarquia papal. Acima de tudo, foram os tempos em que as gentes de toda a Europa temeram que o fim dos dias estivesse próximo, conseguindo mesmo assim reinventar-se e começar de novo – com um prodígio de esforço que ainda nos deve comover.
Uma proeza extraordinária, pois que o Milénio trouxe afinal, não o fim do mundo, mas a instauração do Ocidente, tal como o viemos a conhecer.
«Tom Holland oferece-nos um banquete medieval soberbo (...), bem recheado de imperadores, demónios e monges.» — Simon Sebag Montefiore, The Evening Standard
Tom Holland, historiador britânico, é o autor de Fogo Persa e Rubicão. Vive em Londres com a mulher, as duas filhas e os dois gatos. Com Rubicão, foi finalista do Prémio Samuel Johnson na categoria de não-ficção, e vencedor do Prémio Hessel‐Tiltman.
Milénio: O Fim do Mundo e a Expansão do Cristianismo
Tradução: Victor Antunes
1ª edição: Julho de 2009
ISBN: 978-989-622-159-1
Formato: 160*240 mm
Nº de páginas: 424
Preço: 18,00 €
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