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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

«Portugal», de Vasco Pulido Valente (excertos)

«Infelizmente, o liberalismo continuou também as tradições do ‘antigo regime’. Um Estado que fez mais centralizado, despótico e intrusivo; a tendência para sustentar uma classe média burocrática e ‘parasitária’.»

«A República, depois de um período confuso, banira o terrorismo e tendia para a moderação. Os conservadores, com a ajuda da Igreja, procuravam o caminho que, pouco a pouco, levaria a Salazar.»

«Que Salazar fosse um intriguista vulgar, um pequeno político e um espírito inculto e medíocre não parece ocorrer a ninguém. O dinheiro e o poder são sempre injustamente associados à inteligência.»

«O índice de colaboradores de O Tempo e o Modo lê-se hoje como a lista das glórias oficiais da democracia. Talvez não nos devêssemos excessivamente lisonjear, mas alguma coisa significa.»

«Nenhuma das forças dominantes depois de Abril queria julgar Marcello perante a Europa inteira. Lavar a roupa suja da guerra de África e da ‘descolonização’ não convinha a ninguém.»

«O dr. Cunhal é parecido como uma gota de água com o dr. Salazar: é o dr. Salazar virado do avesso.»

Vasco Pulido Valente, in Portugal: Ensaios de História e de Política

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