Carlos Veiga, O Rosto da Mudança em Cabo Verde, publicado pela editora portuguesa Alêtheia, [foi] apresentado na Biblioteca Nacional da capital cabo-verdiana e, nele, Nuno Manalvo considera o antigo primeiro-ministro (1991/2000) como o «pai da fundação da democracia» no arquipélago.
Segundo o autor, o livro é um «trabalho de investigação científica», isento e com a «distância recomendada perante o objecto de estudo», mas centrado apenas em torno da história política recente de Cabo Verde.
Nuno Manalvo define Carlos Veiga como «um político moderno» e com uma visão do mundo «que não é habitual em líderes africanos», considerando-o um «embaixador da democracia no continente que mais dela necessita e dela tem falta».
Com este livro, o autor disse pretender traçar a «vida política do homem que esteve na génese da democracia em Cabo Verde», que liderou na primeira década de abertura política do país, a partir de 1991, e que a «honrou» pela forma como saiu da cena política nacional.
Carlos Veiga chefiava o governo cabo-verdiano desde 1991 quando, em 2000, a um ano das presidenciais, entregou o governo a Gualberto do Rosário, para se candidatar a chefe de Estado, que viria a perder para Pedro Pires, o actual presidente que viria a derrotá-lo novamente nas eleições de 2006, abandonando, depois, a vida política activa.
Porém, em Maio último, Carlos Veiga regressou à política e, após meses de negociações internas, tornou-se o único candidato à sucessão de Jorge Santos à frente do MpD, vencendo as eleições directas para a liderança do partido a 11 deste mês.
Veiga assegurou a chefia desde a fundação da segunda maior força política do país (em 1990) até apresentar a sua primeira candidatura às presidenciais (em 2000).
Angola Press
Sem comentários:
Enviar um comentário