«(...) aquilo a que os gregos chamam alêtheia, a desocultação, o descobrimento. Aquele olhar que às vezes está pintado à proa dos barcos.»
Sophia de Mello Breyner Andresen
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
terça-feira, 22 de setembro de 2015
Tem a política portuguesa género? | Nas livrarias esta semana
«Mulheres, Liderança Política e Media», da autoria da investigadora Carla Martins, é o mais recente título da coleção Media & Jornalismo, da Alêtheia Editores, que chega esta semana às livrarias. A obra é apresentada a 13 de Outubro, pelas 18.30 horas, na Casa da Imprensa, em Lisboa, por Mário Mesquita, Carla Baptista e Carlos Magno.
O tema está na ordem do dia. Em vésperas de eleições legislativas, torna-se jornalisticamente pertinente comparar o número de mulheres que encabeçam as listas candidatas pelas várias formações políticas ou antecipar o sucesso da Lei da Paridade na obtenção de um maior equilíbrio entre homens e mulheres nos órgãos de poder. No horizonte das eleições presidenciais de 2016, candidaturas femininas são apresentadas como quebrando barreiras. A gravidez e nudez, ostensivamente exibidas num contexto político, geram intensa controvérsia pública.
A obra, que resulta da tese de doutoramento da autora, propõe um novo olhar sobre a política e o jornalismo da perspetiva do “género”. Este é um campo de investigação pouco explorado, dado o escasso número de mulheres que até à data chegaram ao topo da liderança política em Portugal. Mas trata-se de uma pesquisa fundamental: o mundo político é inseparável do espaço de mediação jornalística, para onde confluem os poderes e onde se constrói (e destrói) a visibilidade pública.
De uma outra perspetiva, questiona-se se o género dos atores políticos influencia a narrativa jornalística, de certo modo ativando certos estereótipos sexuais. A política tem género sob o olhar dos e das jornalistas? Por exemplo, as mulheres políticas são mais escrutinadas por atributos como a aparência física ou a idade ou mais associadas à esfera privada e familiar?
Carla Martins é licenciada e mestre em Filosofia, pela Faculdade de Letras de Coimbra, e doutorada em Ciências da Comunicação pela FCSH-UNL. Docente da licenciatura em Comunicação e Jornalismo da Universidade Lusófona. É investigadora do Departamento de Análise dos Media da Entidade Reguladora para a Comunicação Social desde Agosto de 2006. Atualmente desempenha também funções de assessora da Presidente da Assembleia da República.
Mais sobre o livro aqui.
«Mulheres, liderança política e media» | Carla Martins | Alêtheia Editores| 366 páginas | €15,00
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sexta-feira, 18 de setembro de 2015
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
terça-feira, 15 de setembro de 2015
Ribeiro Cristóvão sobre «Quando a bola não entra»
António Ribeiro Cristovão
Quero, antes de mais, agradecer à Dra. Zita Seabra o convite que me endereçou para estar hoje aqui convosco na apresentação deste livro que representa uma iniciativa louvável do jornalista e escritor Nelson Nunes o qual tem já um extenso e apreciável currículo no domínio das ciências da comunicação e que, em boa hora, entendeu que havia chegado o momento de fazer uma incursão por áreas que embora dizendo respeito ao futebol raramente são abordadas por um prisma que vai para além da competição em si, e do seu estudo nas vertentes mais diversas.
Felizmente, tem sido colocada à nossa disposição, sobretudo nas últimas duas décadas, uma profusão de obras que muito têm contribuído para enriquecer o conhecimento de todos, sejam muito ou pouco apaixonados pela matéria, e que encontram todos os dias fortes razões para manterem acesa a chama de uma paixão que deixou de permitir o acesso apenas a alguns.
Nelson Nunes resolveu abordar o futebol enveredando por um ângulo diferente. Ou seja, chamar à realidade situações vividas por muitos jogadores ou simplesmente candidatos que o grande público desconhece. Ou porque não lhe suscita grande interesse, ou, simplesmente, porque para ele o mais importante são as grandes equipas, os grandes jogos, as grandes estrelas que povoam, mais do que o seu imaginário, a sua realidade.
Serão poucos, certamente, aqueles que pensam que o futebol dos nossos dias tem, como pano de fundo, para os futebolistas, o paraíso na terra. Que têm ao seu dispor tudo o que há de melhor e mais invejável: potes cheios de dinheiro, vida faustosa, ostentação, e acesso àquilo a que não pode chegar a maioria dos outros concidadãos.
Sabemos que não é assim. Tal faixa de privilegiados, que atingem esse estatuto por força do seu talento, mas também mercê de muito trabalho, é muito mais estreita do que se pode imaginar. Quem lida diariamente com esses problemas sabe que bastas vezes, por detrás da figura de um jogador se escondem problemas tantas vezes difíceis de compreender.
Como muito bem aduz na contracapa do seu livro, Nelson Nunes mostra-nos ao longo das várias histórias que nos relata com maestria a “dura realidade de jogar nas divisões inferiores do futebol em Portugal, bem como as lutas diárias com salários em atraso, agentes traiçoeiros e promessas vazias.
Neste domínio, acrescenta o autor, “joga-se na fronteira da glória, onde o futebol é mais escuro, e estes jogadores são alguns dos que não conseguiram singrar num meio hostil”.
Daí que, e muito a propósito, considere enriquecedoras as nove histórias que nos oferece, e envolvem o leitor de modo tão intenso que dificilmente deixarão de ser sorvidas quase ininterruptamente. Além do mais, a escrita apresenta-se-nos fácil e escorreita, acrescentando-lhe condimentos que permitem antever que a obra se venha a tornar depressa num sucesso de livraria.
E daqui partimos para o título, título muito feliz, que Nélson Nunes entendeu atribuir a este seu trabalho.
“Quando a bola não entra”, aguça o apetite para depois rumar a um mundo que muitos futebolistas habitam, mas ao qual, por norma, quase todos nós damos relativa importância.
Como bem sabemos e reconhecemos sem esforço, ainda que muitas vezes nos tenhamos de penitenciar por isso, o melhor espaço dos jornais, televisões e rádios é por rotina frequentemente exclusivo daqueles que têm arte e magia para nos oferecer o deleite de que os clubes e jogadores vulgares não são capazes de proporcionar até menos exigente dos adeptos.
Sobretudo os atletas. Porque eles são a peça fundamental e decisiva do jogo. Dos demais agentes raramente se sente a falta. O futebol poderia passar sem dirigentes, sem treinadores, sem empresários, e também sem jornalistas. Porque basta um jogador e uma bola para nos manter despertos e apaixonados durante horas a fio.
“Quando a bola não é entra” é uma expressão tão rica que já muitos não hesitaram em a transportar para diversos ramos da nossa vida quotidiana.
Como muito bem afirma no prefácio deste livro o nosso seleccionador nacional, engenheiro Fernando Santos, este é um livro de leitura obrigatória para todos, sobretudo para “os mais jovens que têm, ou venham a ter o sonho legítimo de um dia serem profissionais de futebol, não confundindo, como muito bem acentua, com jogadores de futebol”.
O saber de experiência feito do responsável das nossas selecções presta aqui um louvável serviço chamando a atenção para a aventura em que tantas vezes entram filhos e pais no convencimento de que o El-dorado está ali ao virar da esquina.
Todos nós conhecemos jovens que se perderam na vida porque a ambição desmedida dos seus progenitores os empurrou para becos sem saída. Não é raro falar hoje com jovens em plena idade escolar e chegarmos rapidamente à conclusão que a sua meta é transformar-se um dia num outro Cristiano Ronaldo, o qual, seguindo a mais aceitável das lógicas encarna um fenómeno irrepetível, sobretudo nos tempos mais próximos.
O futebol não é, pois, para a imensa maioria, o paraíso na terra. E Nélson Nunes chama bem cedo no livro a atenção para essa triste realidade. O seu “Apito Inicial” constitui até um toque de despertar com o objectivo de chamar a atenção daqueles que passam ao lado do sucesso. Porque este, como muito bem acentua, não é uma regra no futebol. Longe disso, infelizmente.
Em “Quando a bola não entra”, Nelson Nunes vai ao pormenor na incursão que decidiu fazer na vida de nove futebolistas, todos eles protagonistas de histórias com matriz diferente mas que acabam por desembocar na mesma realidade.
Seria fastidiosa, demorada e até injustificada uma abordagem a todas essas histórias. Deixo essa tarefa para todos aqueles a cujas mãos este livro chegar, na certeza de ficarão muito mais próximos de uma realidade que, por vezes ignoramos, ou, outras tantas “chutamos para canto”.
Edgar Marcelino, Fábio Marques, Vítor Afonso, Gonçalo Gonçalves, Marco Bicho, Rebelo, Pepa, Vasco Varão, Tininho, são nomes com que nos poderíamos cruzar em qualquer esquina da vida, e que, por isso, pouco ou nada dirão à grande maioria dos adeptos do futebol. Excepção talvez para Rebelo, que ainda chegou a andar colado à fama durante uns tempos, mas que acabou por cair num vazio onde permanece, na expectativa de que o futuro lhe abra perspectivas diferentes.
De todos estas histórias que Nelson Nunes nos oferece permito-me abordar, ainda que ao de leve, apenas duas: do Rebelo e do Tininho.
Tininho, nascido em 1980, em Moçambique, defesa-esquerdo, que calcorreou clubes e, que, apesar de algum infortúnio, aos 35 anos ainda permanece na expectativa de que o telefone possa tocar a qualquer momento. Foi um dos muitos jogadores que também se deixou seduzir por melhores contratos que o futebol além-fronteiras é capaz de proporcionar. E assim, depois de ter andado pelos nossos distritais, 3ª divisão, 2ª divisão B, e 1ª Liga, quis experimentar o exigente futebol inglês primeiro, e o emergente futebol romeno depois, neste caso uma experiência amarga envolta em momentos verdadeiramente rocambolescos. Mais do que um capítulo, preenchido por uma narrativa muito intensa, a vida do Tininho daria, só por si, e como refere o autor, uma obra literária ou até cinematográfica.
O nome de Rebelo é-nos familiar. Este globetrotter da vida e do futebol, nascido em Loures, em 1961, iniciou a sua longa experiência em diversos clubes da margem sul, mas Joaquim Meirim, um autodidata da bola e uma figura incontornável dos anos 70 e 80, treinador que encheu então páginas de jornais com frequência inusitada, levou Rebelo para o Estrela da Amadora, clube onde viveu os dias mais felizes de uma carreira que ultrapassou os vinte anos. Iniciada no Clube de Futebol da Trafaria, a história futebolística de Rebelo nasceu mergulhada numa esperança que ao longo dos anos se foi desvanecendo. Nos dias de hoje, Joaquim Gonçalves Rebelo vive ligado a um emprego muito frágil que lhe proporciona pouco mais do que o salário mínimo nacional.
Ao mesmo tempo que agradeço a vossa disponibilidade para me escutarem, convido-os a lerem esta e todas as outras histórias de vida que este livro contém, com a certeza de que não darão por mal empregue o vosso tempo.
E, mais uma vez, parabéns ao Nélson Nunes, por ter ousado invadir o mundo esconso do futebol, que tantas vezes escapa ao conhecimento da maioria de todos nós.
(Texto de apresentação da obra, a 14 de Setembro de 2015)
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segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Felisbela Lopes na RTP Informação
Felisbela Lopes, em directo da Feira do Livro do Porto, a propósito do seu livro "Jornalista - profissão ameaçada".
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sábado, 12 de setembro de 2015
Sala cheia na apresentação de "Jornalista - profissão ameaçada", na FLP
Imagens da apresentação do livro "Jornalista - profissão ameaçada", na Feira do Livro do Porto. Sala cheia na Biblioteca Almeida Garrett, agora mesmo.
Alêtheia lança colecção de clássicos
O Perfil de Marquês de Pombal, de Camilo Castelo
Branco, é uma das sugestões da Alêtheia,
juntamente com propostas de literatura de viagem, assinadas por Eça de Queirós
e Filippo Pigafetta.
As notas da viagem de Eça de Queirós ao Canal do Suez, por
altura da sua inauguração – O Egipto - são também uma proposta que a
Alêtheia lança para as livrarias de todo o país – a juntar a Cartas de
Inglaterra, também editado pela Alêtheia este ano.
As aventuras do navegador Duarte Lopes à chegada ao reino do
Congo são também relatadas de forma vívida pelo italiano Filippo Pigafetta, a
quem o português transmitiu toda a sua história no regresso da viagem.
«Perfil de Marquês de Pombal»
| Camilo Castelo Branco | 256 pp | 16 € | Alêtheia Editores
«Relação do Reino do Congo e
das Terras Circunvizinhas» | Filippo Pigafetta e Duarte Lopes | 200 pp | 15 € |
Alêtheia Editores
Obra essencial de Fernando Pessoa editada pelo Expresso (edição Alêtheia)
O Expresso lançará a partir de 19 de setembro a coleção Obra Essencial de Fernando Pessoa.
Sob a coordenação editorial da Alêtheia Editores e a coordenação
científica de Ivo Castro, esta coleção adota, sempre que possível, o
texto fixado pela Edição Crítica da IN-CM e é composta por nove volumes,
a publicar semanalmente, com distribuição gratuita com o jornal. São
eles: Mensagem e Outros Poemas, Poesia Ortónima, Livro do Desassossego, Correspondência e Artigos de Imprensa, Poesia de Ricardo Reis, Poesia de Alberto Caeiro, Poesia de Álvaro de Campos, Prosa Crítica e Ensaística e Contos Policiais.
Fernando Pinto do Amaral, Richard Zenith, Nuno Júdice, António M. Feijó, Ana Luísa Amaral, Rita Patrício, Clara Ferreira Alves, Miguel Tamen e Pedro Mexia são os prefaciadores, também responsáveis pela seleção dos textos de cada volume.
Fernando Pinto do Amaral, Richard Zenith, Nuno Júdice, António M. Feijó, Ana Luísa Amaral, Rita Patrício, Clara Ferreira Alves, Miguel Tamen e Pedro Mexia são os prefaciadores, também responsáveis pela seleção dos textos de cada volume.
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«Estrada de Beirute» de Gabriel Mithá Ribeiro apresentado por António Araújo
É já na quarta-feira que o novo livro de Gabriel Mithá Ribeiro é apresentado por António Araújo. No Grémio Literário.
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Sessão de autógrafos na FLP - «Uma Janela para o Sal»
Hoje na FLP, Ana Maria Lopes e Etelvina Almeida assinam livros junto ao pavilhão da Alêtheia (n.º 29).
Mais sobre o livro aqui.
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«Quando a bola não entra» apresentado em Lisboa
Livro de Nélson Nunes, prefaciado por Fernando Santos, é apresentado na segunda-feira (14), no bar O Bom, o Mau e o Vilão, em Lisboa, pelo jornalista desportista Ribeiro Cristóvão.
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«Jornalista - Profissão ameaçada» de Felisbela Lopes apresentado hoje na FLP
Carlos Magno apresenta a obra que recolhe opiniões de uma centena de jornalistas portugueses sobre os mais recentes casos que trouxeram para a opinião pública uma intensa discussão sobre o papel dos media em Portugal.
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